Ex-Vice-Presidente da Costa Rica , Epsy Campbell Barr valoriza promoção do gênero em Angola

A República de Angola tem sido uma referência internacional na promoção da igualdade do gênero, reconheceu hoje (quinta-feira), em Luanda, a ex-vice-presidente da Costa Rica, Epsy Campbell Barr.
A responsável interveio no painel sobre “os desafios da globalização no processo de empoderamento do gênero”, enquadrado no primeiro Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia.
De acordo com Epsy Campbell Barr, a promoção da paridade do gênero é fundamental para a qualidade das decisões em prol das comunidades e assegura a inclusão.
Acredita serem necessárias constituições fortes que garantam uma maior inclusão das mulheres, para que tenham participação activa na economia, na política e na sociedade.
Defendeu a adopção de orçamentos que garantam a inclusão, com pressupostos assentes em indicadores sobre o que os Estado gastam com as mulheres nos domínios da saúde, educação, formação em matemática e engenharias.
Para Epsy Barr, as mulheres devem ascender a postos pelas suas capacidades, ao contrário de muitos homens que lá chegam por influências.
Banco Cooperativo Feminino
A ex-vice-presidente da Costa Rica propôs a adopção de um acordo para a criação de um banco cooperativo internacional que financie mulheres em negócios comunitários, nacionais ou globais.
A referida instituição financeira deve ser constituída por accionistas femininos.
Acredita que se o banco cooperativo chegasse a pelo menos 400 milhões de clientes com investimentos em novas tecnologias, economia azul, verde e laranja garantiria às mulheres empoderamento pessoal e político, para governar o mundo.
No painel que partilhou com a ex-presidente da Libéria, Ellen Johnson, a política costa-riquenha defendeu também maior atenção na educação das mulheres, para o seu verdadeiro empoderamento.
No evento, a ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, enalteceu os avanços na promoção do gênero em Angola, dada a dedicação do Presidente da República, João Lourenço, à causa da mulher.
Dalva Ringote valorizou a defesa nas prelecções de lideranças femininas que impactem sobre as comunidades.
O Fórum Internacional da Mulher para a Paz e Democracia decorre até sexta-feira, com cinco painéis temáticos, entre os quais “os desafios da globalização no processo de empoderamento do género”, “Inovação Tecnológica e educação para o alcance da igualdade do gênero”.
“A formalização como mecanismo de inclusão social e financeira”, “Desafios da segurança alimentar e alterações climáticas no continente africano” e o “Papel da mulher na consolidação da paz e preservação de conflitos”, são outros assuntos agendados para o debate no encontro internacional.
O fórum tem como público-alvo mulheres líderes de organizações regionais africanas, chefes de governo e membros dos Palops, da CPLP e OEACP, entre outras.
Fonte: Angop